segunda-feira, 21 de abril de 2014


Cordel


 Literatura de Cordel

 
 
Querido Diário...
 
No meu primeiro dia de estágio no 3° ano estava bem feliz por rever os alunos da minha querida escola que no ano anterior também estava estagiando.
 
Tia! Tia! Tiiiaaaa.... Luana...
 
A parte mais legal das crianças é esse enorme carinho. ( Eu ficando emocionada em 3,2,1...)
 
Eis que me surpreendo com uma apresentação de um cara parecendo lampião com um chapéu com muitas fitas coloridas.
Com um pandeiro o cordelista animou todas as crianças (principalmente a criança de minha pessoa.)
 
Fiquei encantada!( até mais que as crianças, não duvido.),  Sendo assim, não tenho duvidas que a literatura de Cordel é um grandioso meio de trabalhar um gênero literário com os alunos e principalmente na Educação de Jovens e Adultos.

 

No entanto, você sabe o que é Cordel?

 
Cordel são folhetos contendo poemas populares, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome.
 
Os poemas de cordel são escritos em forma de rima e alguns são ilustrados. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

No Brasil, a literatura de cordel é encontrada no Nordeste, principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Costumava ser vendida em mercados e feiras pelos próprios autores. Hoje também se encontra em outros Estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, e são vendidos em feiras culturais, casas de cultura, livrarias e nas apresentações dos cordelistas.

Cordel também é a divulgação da arte, das tradições populares e dos autores locais e é de inestimável importância na manutenção das identidades locais e das tradições literárias regionais, contribuindo para a perpetuação do folclore brasileiro.

Cordel



Fonte: http://www.significados.com.br/cordel/



Alguns Cordéis Infantis:



Cordel (centro do projeto) De Daniel Fiuza



Cordel das crianças

No castelo da branca de neve,
Moravam os três porquinhos,
Soldados de chumbo em greve,
De férias saíram os anãozinhos.

Peter pan do jacaré escapou por um triz,
O rei leão virou um grande ator,
A Fada sininho agora é uma bela atriz,
A dama com vagabundo se casou.

No forte apache vive o super homem,
É a nova fortaleza de todo super herói,
A moedinha do tio patinha nunca some,
Quem vive agora na floresta e o tec-toy.

A nova rainha do país das maravilhas,
É uma patinha que se chama margarida,
O coelho apressado caiu na armadilha,
A bela e a fera juntos por toda vida.

O pica pau trabalha numa madeireira,
Tom e Jerry formaram dupla caipira,
Ligeirinho agora só trabalha na feira,
Pela Cinderela, o manda chuva suspira.

A bruxa malvada é fada madrinha,
São policias os irmãos metralha,
A maga patológica ficou boazinha,
A justiça na terra do nunca falha.

Rapunzel cortou o cabelo bem curtinho,
O príncipe encantado casou com narizinho,
O dragão voador foi transformado num ratinho,
O Marques de sabugosa, da Emilia é vizinho.

Grilo falante e Pinóquio moram na França,
Lobo mau casou-se com o chapeuzinho,
Capitão gancho é sócio do amigo pança,
O gato de botas é rico, mas mora sozinho.

Pokemom, jaspion e os zodíacos cavalheiros,
Fundaram uma escola para ensinar a verdade,
Convidaram todas as crianças do mundo inteiro,
Para aprenderem sobre o amor e a felicidade.


O CASAMENTO DO PATO
 

Um pato, de andar engraçado,

Queria muito se casar

E para isso foi procurar,

Entre as aves do quintal,

Uma noivinha bem legal.

Chegou logo perguntando

Por onde andavam as patas

Mais novinhas do lugar.

Um galo muito esperto

Percebeu logo que o pato

Tinha miopia nos olhos,

Pois ali era território

De galos, galinhas e frangos.

E resolveu com o pobre pato

Aprontar uma brincadeira.

E contava o galo presepeiro,

Ao pato casamenteiro,

Que no fim do terreiro

Estava hospedada Sofia

Uma linda pata estrangeira.

Com esse argumento maroto

O galo levou o pato

Para conhecer de fato

A noiva tão sonhada.

Chegando ao local

O galo gritou chamando:

Senhora dona deste lugar

Eu quero lhe apresentar

O noivo que está à espera

Desde a passada primavera,

E o casamento realizar

Antes de o sol se esconder.

E as aves se reuniram

Em torno do casal de penas

Para ouvirem o alegre "sim"

Depois da pergunta do frango Serafim,

O padre da cerimônia.

Realizado foi o casamento.

E no apropriado momento,

Como é costume entre os patos,

O marido convidou a esposa

Para o primeiro mergulho juntos

Na lagoa, além do terreiro.

E a esposa abriu o berreiro

Gritando a pleno pulmão

"Como eu posso mergulhar

Se sou uma galinha?

Pensei que meu marido

Fosse o galo carijó

Do galinheiro da minha avó."

E as outras aves, rindo, gritavam

Em forma de estribilho:

"Vai mergulhar galinha,

Não tira da festa o brilho.

Sofia vai mergulhar

O pato vai adorar."

Por ter, como o pato, miopia

Não percebeu a galinha Sofia

O engodo em que caía

E que o galo rolava de tanto rir

Da peça que nos dois pregou.
 


Contando a História dos Números
    


A história desse cordel
Faz tempo que começou
Há muitos e muitos anos
Quando o povo precisou
Contar o que possuía
Pra saber o seu valor
(…)
O pessoal que bolou
Os algarismos que usamos
Foram os povos hindus
Já faz mais de 2000 anos
Que esses números surgiram
E ainda hoje aplicamos
(…)
Esta história que contei
E que brincamos de fato
Entrou na perna do pinto
Saiu na perna do pato
Quem quiser ler mais história
Agora que conte quatro


 
Brinquedos Populares
Todas as crianças gostam
De um brinquedo ganhar
Sozinha ou acompanhada
De alguém para poder brincar
Brincando se desenvolvem
Não veem o tempo passar





Mas antes de fabricarem
Esses brinquedos que a gente
Compra quando vai à loja
Pra dar a alguém de presente
Existiam outros brinquedos
Usados antigamente


Eram os brinquedos feitos
Pelas mãos de um artesão
Que usava materiais
Para a sua construção
Sucata de todo tipo
Lata, papel, papelão
(...)
 
 

 A criança abandonada

Perambula pela rua
Um garoto sem destino,
Não conhece a escola
Se alimenta de esmola
Oh! Como sofre o menino.

Vive triste e sozinho
No mundo desamparado,
E o povo indiferente
Pois o menino carente
Continua abandonado.

De olhinhos assustados
Andando de pé no chão,
Pela esquina do medo
Sem mãe, sem lar, sem brinquedo
Sem um pedaço de pão.

Brasil de tanta beleza
E de homem inteligente,
Leia escreva e publique
Pesquise, crie fabrique
Não fabrique delinqüente.

Cada qual tem um destino
Mas nascem todas iguais,
Muitas são abandonadas
A sociedade é culpada
Juntamente com os pais.

Muitos pais sem estrutura
Sem força para lutar,
O seu lar é a esquina
Essa vida predestina
Ao filho lhe acompanhar.

Pais que não tiveram infância
Faltou-lhe a educação,
Vê hoje o filho a sofrer
Nada pode fazer
Pois vítimas os pais também são.

Outros pais tem bons salários
Porém, não são diferente,
Para compensar sua ausência
Falta de amor e carência
Enche o filho de presente.

Justifica. É o trabalho
Lutei por esta conquista,
É justo você lutar
Injusto é transformar
Seu filho num egoísta.

Você que é tão correto
Defensor da lealdade,
Dê uma chance à criança
Não mate a esperança
Antes que seja tarde.

O barco está afundando
O povo pede clemência,
Ele afunda lentamente
Não é preciso usar lente
Pra se ver a violência.

A criança abandonada
Reage com um protesto,
Fala alto um palavrão
Para chamar atenção
É obsceno seu gesto.

Simplesmente o cidadão
Diz: ela é mal educada,
Nem pensa que alguém errou,
Se ninguém a educou
Ela não é a culpada.

Os valores que ajudam
Seu filho na formação,
É o amor dedicado
Sem abrir mão do cuidado
Do item educação.

Essa criança é o reflexo
De um povo sem opção,
Educar nossas crianças
É para o mundo esperança
Não há outra solução.
Não é esse o futuro
Que para os filhos queremos,
Seja qual for o motivo
O sentimento afetivo
No tempo nós o perdemos.

Hoje é o meu filho
Amanhã será o seu,
Foi uma insanidade
Errou a sociedade
E todo mundo perdeu.

Cada vez mais complicada
É triste a situação,
Do Estado faltou respaldo
Só temos agora o rescaldo
Para a nova construção.

Se educar com amor
Essa doce criatura,
Seremos um dia capaz
De resgatar a paz
Que o mundo todo procura.

É com esse sentimento
Que chamo sua atenção,
A criança é importante
Para nós é humilhante
Deixá-la sem proteção.

Crianças abandonadas
Em caixas de papelão,
O que leva o ser humano
À tamanha ingratidão,
Não dá mais para aceitar
Aonde vamos parar
com esta situação
 
 
 
 

 
 




 
 
  Até logo :)
 
 
 
 
 
 

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